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Maconha na gravidez | Entrevista com Gabi Dantas

Saaalve, mulherada! O post de hoje é pra vocês ;) 

Trouxemos uma entrevista feita com a Gabi Dantas, uma mulher que manja das coisas! Além de ser uma super querida para nós da MOLOTOV, a Gabi é doula, placenteira, empreendedora, mãe e maconheira.

Ansiosas para ouvir o que ela tem pra falar? Bora lá!


1) Quais os riscos que eu tenho ao fumar na gestação?

Existe um risco de você consumir e inalar fumaça na gestação. Em relação ao beck, sabendo que que você vai tragar, é preciso pensar em redução de danos. Mas em relação à risco da maconha, em si, não temos nenhum estudo sobre a maconha trazer riscos para o bebê.

Há muitos mitos, como, por exemplo: maconha mata neurônios, ou que pode atrasar o desenvolvimento do bebê... O fato é que pode até ser que atrase, mas pode ser também que potencialize. A gente não tem como afirmar como cada corpo vai se comportar. Cada corpo é um corpo, e cada gestação é uma gestação, é importante se observar.

Também é importante considerar que se você já é uma mulher que consome cannabis e está gestante: se observe, veja os efeitos que isso traz ao seu corpo. Compare com "o antes", se houver um "antes"... Se você for começar a consumir agora, procure outros meios de consumir pra além do fumar, como, por exemplo, na comida (quem não sabe fazer um brisadeiro, né? rs).

É louco pensar que não há muitas pesquisas que comprovem se esse consumo faz mal ou bem. Isso envolve muitas questões, inclusive morais e éticas... Pra termos uma comprovação seria necessário estudos envolvendo grande amostragem de mulheres fumando, e, há um código ético que regula isso. 

Por isso é bom saber que existem estudos de caso. Como o meu próprio caso: eu fumei durante a minha gestação e conheço outras mulheres que também fumaram... É importante ouvir esses relatos.

2) Qual a idade ideal para introduzir à criança a desconstrução mais aberta em relação à maconha? 

Sei lá, eu tive meu primeiro contato com a maconha quando era adolescente. Antonio, meu filho de 2 anos, já tem contato... Eu não fumo com ele ou perto dele, mas nos ambientes que a gente convive em casa ele vê meus utensílios: tem cinzeiro, isqueiro, dichavador, etc. Então, a maconha, dentro do meu contexto familiar, é naturalizada.

Mas isso depende muito de como você vive, sabe? Qual é a sua ideia em relação à isso. Seu contexto de vida, de maternar.

Se você quiser ter uma conversa com seu filho ou filha, lembre se disso. Pergunte pra você mesma se quando você tinha a idade dele/dela faria diferença para você saber disso. Isso vai ter algum efeito na vida dele/dela?

Lembrando que nós temos que educar e ensinar essa galera a consumir coisas que fazem bem ao nosso corpo, de forma saudável.


3) Você teve muita opressão por ser uma mãe maconhista?

Na real, nunca tive algo abertamente contra mim. Mas sei que existem pessoas próximas e na minha família e na família do meu companheiro que não são muito tolerantes à ganja

A questão da opressão vai muito no sentido de colocar a mulher numa posição de incapacidade. E também no fato da mulher se afirmar numa posição, por exemplo: eu fumo e é isso, essa é minha vida.

4) Relato: Eu já fumava há uns 6 anos quando engravidei, meu maior sintoma foi o enjôo. Perdi 3kg em uma semana, minha médica disse que se continuasse assim, passaria a gravidez internada e com soro na veia. Nada tirava o enjôo. Até que conversei com algumas amigas que fumaram na gravidez e tomei coragem pra fumar. Foi maravilhoso: em 10 segundos eu não tinha mais enjôo. E foi assim pelas 40 semanas de gravidez. (...) Minha filha nasceu linda e saudável, sem problemas respiratórios ou nada disso. Hoje ela tem 14 anos e ela é saudável e não tem nenhum déficit de cognição ou coisa do tipo.

Com a questão do enjôo é um caso eficaz. Tem alguns estudos saindo aqui e ali sobre isso. 
A hiperêmese é uma complicação da gravidez e realmente pode causar perda de peso brusca e desidratação, levando a grávida a ficar internada ou em observação. Em um estudo, mulheres que consumiram óleo de CDB apresentaram recuperação muito rápida em comparação com as que tomaram os medicamentos convencionais. (link do estudo)

5) Sabendo que já temos o sistema endocanabinóide, e que existem canabinóides no leite materno. Podemos dizer que os bebês ficam chapados após mamar?

Risos. Olha, se você procurar qualquer imagem de bebê chapado na internet, pode ter certeza que ele acabou de terminar de mamar!

6) As mulheres que consomem óleo de CDB tem menos chance de machucar seus mamilos na amamentação?

Talvez como uma opção no caso de laceração. Na real, o que é melhor é tomar sol, a vitamina D e o estimulo de melanina nessa área é muito mais eficaz. 

Mas... se a pessoa estiver sentindo muita dor e sentir que o consumo de maconha vai auxiliar, pode ser também. 


Curtiu? Segue a Gabi no @gabi_adsr e se quiser mais assiste a entrevista completa feita pelo Canal umdois clicando aqui.

Equipe MOLOTOV.

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